sábado, 31 de março de 2012

Trabalho de Língua Portuguesa – 8ª série


Trabalho de Língua Portuguesa – 8ª série

“Na atitude dos pais, a construção do cidadão do futuro”

      Uma das coisas mais difíceis para os pais é entender e aceitar o processo de crescimento e independentização dos filhos. Às vezes, teoricamente se pensa que está aceitando tudo muito bem (achando-se até orgulhoso do crescimento deles), mas aí, de repente, sua filha – linda, meiga, tão carinhosa – chega a sua casa com um rapaz desconhecido, de aparência nem sempre impecável, com aquelas calças jeans rasgadas, um tênis imundo, todo devagar, falando muita gíria... e que, além disso tudo, ainda lhe dá a maior esnobada... Nessas horas, os pais enlouquecem (o pai mais ainda, que não criou uma moça tão educada e fina para entregar a um estranho, o primeiro que aparece...) Ou então é o seu filho, aquele menino que agora é dois palmos mais alto que você, cheio de músculos, voz grossa, barba, mas que você continua vendo como o seu menino, que chega com uma mocinha – tão insignificante para aquela maravilha de homem em que se transformou seu filho! – e assim, sem nem avisar ou pedir licença, vão entrando, aos beijos, quase nem falam com você, parece que, subitamente, você se tornou transparente, invisível mesmo – se trancam no quarto... Meu Deus! Aí é a mãe que fica desesperada pensando, tão cedo, será que vão querer casar? Mil elucubrações, receios, ciúmes, apreensões... [...]
     Como entender e, principalmente, respeitar as escolhas dos filhos?
     Com relação à parte afetiva, antes de mais nada, compreendemos que na adolescência há uma primeira fase de encontros e namoricos em que ficam juntos, em geral por pouco tempo. Há uma troca constante de pares. Portanto, nada de cenas de desespero antes da hora... Há uma necessidade, uma fome de viver, de conhecer, de colocar na prática o que eles já viram tantas e tantas vezes no cinema, na TV, nas conversas com os amigos. Depois, mais adiante, já com dezoito, vinte anos, surge uma outra tendência – a do namoro firme. Um rapaz e uma moça, nesta fase, costumam ter relações estáveis, que duram vários meses ou mesmo mais de um ano, aprofundam o conhecimento mútuo e treinam a difícil  arte da convivência. É uma fase de maior estabilidade emocional, de relacionamentos mais profundos. Ambas são caminhadas normais em direção à maturidade psicoafetiva e sexual.
       Desde que os filhos não estejam fazendo nada de grave, nem de ilegal ou realmente prejudicial, o que os pais precisam fazer é APENAS ENTENDER QUE OS FILHOS CRESCERAM. E que, daí por diante, a nossa influência irá sendo, cada vez, decididamente menor. E é justo que assim seja. Temos que fazer um esforço e cortar o NOSSO cordão, não adianta impor ou querer fazer prevalecer a nossa idéia pela força. O que deve e pode acontecer é a conversa, o papo amigo, fundamentado, sincero. Uma, duas, dez vezes, tantas quantas se fizerem necessárias. E, de preferência e se possível, de forma calma. [...]
      Se [...], na infância e na adolescência tivermos deixado as coisas correrem muito frouxas, sem diretrizes educacionais, sem desenvolver a consciência do quanto é necessário e imprescindível ter metas na vida – estudo, trabalho e contribuição social entre outros - , se os tivermos criado como senhores do mundo, pessoas acostumadas a somente usufruir daquilo que os pais produziram, incentivando o individualismo e o consumismo apenas, então poderemos ter sérios problemas a enfrentar. Fastio, tédio, incivilidade, falta de motivação para o estudo e o trabalho, egoísmo, egocentrismo, falta de sensibilidade e empatia com relação aos mais velhos e a todos os demais são apenas alguns dos mais simples problemas que poderemos ter que enfrentar nós e, principalmente, eles próprios. Sem falar em outros mais graves como a delinquência, as drogas, marginalidade.
      Mas se, ao contrário, nossos filhos, seguindo nosso exemplo e em função do trabalho desenvolvido ao longo de anos e anos de persistência, carinho, atenção e amor, se tiverem transformado em verdadeiros cidadãos, cônscios da necessidade de produzirem, trabalharem, contribuírem, se tivermos tido a capacidade  de transmitir-lhes o desejo de vencer na vida através de seu esforço pessoal, do trabalho e da sua capacidade (mesmo que os ajudemos um pouco no início, evidentemente), então, sem dúvida, teremos cumprido a nossa missão. UMA FUNÇÃO SOCIAL ÍMPAR, SEM EQUIVALENTE EM NENHUMA OUTRA TAREFA OU PROFISSÃO – EDUCAR AS NOVAS GERAÇÕES PARA O FUTURO, PARA A VIDA E PARA A DEMOCRACIA.
                                                                                                                      Tânia Zagury

1. Estudo do vocabulário:
a) Com a ajuda de um dicionário, procure encontrar em que sentido foram usadas as seguintes palavras no texto:
elucubrações:
diretrizes:
imprescindível:
usufruir:
fastio:
egocentrismo:
empatia:
delinqüência:
cônscios:

2. Tendo em vista a leitura do texto, responda:

a)        Por que os pais não conseguem se conformar com a idéia de que os filhos crescem e tornam-se independentes?





b)        Por que existem conflitos entre pais e filhos, quando estes já estão crescidos?




c)        Em geral, qual é a reação dos pais, ao conhecerem o provável genro ou a nora?




d)       Nos relacionamentos afetivos de hoje, é comum os jovens não manterem uma constância? Por quê?




e)        Já adultos, há uma nova forma de convivência. Como os jovens passam a se comportar afetivamente?




f)         De que forma os filhos poderão se tornar verdadeiros cidadãos?





g)        Qual a sua opinião sobre os pais que não repreendem jamais os filhos, deixando-os fazer o que bem entendem? Esclareça sua resposta.


h)    O que você achou desse texto? Explique com suas palavras e justifique-as.



i)     Agora é sua vez de ser o escritor: Escreva sua opinião sobre “O que é preciso se ter e aprender ainda lá infância e continuar tendo e aprendendo na adolescência para ser um cidadão do futuro consciente e de bom caráter.

Leitura, interpretação


Vira-lata morre para salvargaroto de pit bull

Limeira – a cachorra July, mestiça de poodle com vira – lata, salvou na quarta – feira a vida do garoto Caíque Lopes, de 6 anos, ao enfrentar uma outra cadela, da raça pit bull, que atacou a criança. Tudo aconteceu  na frente da casa do menino, no Jardim Piratininga, na cidade de Limeira, na região de Campinas. O confronto entre os dois animais resultou na morte da vira – lata. Apesar do susto, o garoto passa bem.
   “Foi tudo muito rápido”, contou a mãe de Caíque, a dona-de-casa Luciane Lopes, que também era dona da vira-lata. Segundo ela, o menino brincava em frente da casa quando o pit bull escapou de uma residência próxima. “A cachorra correu direto para onde estava o meu filho”, disse Luciane.
De acordo com ela, ao perceber a aproximação do animal, July avançou sobre a cachorra, permitindo que o garoto corresse para dentro de casa e escapasse.
Apesar de bem menor, a vira-lata enfrentou a pit bull numa briga que impressionou os moradores  da vizinhança. July, porém, ficou muito machucada no confronto. Não houve tempo de socorrê-la. Ela acabou morrendo na rua.
“Meu filho ainda está muito assustado e talvez precise de um tratamento”,  avaliou a mãe do menino. Ela disse que Caíque não se conforma com a morte da cachorra. “ Eles eram muito apegados.”
O boletim foi registrado no 1º Distrito Policial de Limeira como um caso de lesão corporal dolosa.
Novo ataque – Os moradores estão assustados com o risco de um novo ataque da cachorra. Apesar de conhecerem os donos, eles dizem que o animal pode representar um perigo para as pessoas.
       A pit bull, de nome Rara, pertence á dona-de-casa Maria de Souza Coimbra, que ajudou a socorrer o garoto. Segundo ela, a cachorra escapou quando um de seus filhos entrava com o carro na garagem da casa.
       “É a primeira vez que isso acontece”, relatou Maria,“Vamos reforçar a segurança para evitar que ela escape outra vez”, completou a dona-de-casa.

      O Estado de São Paulo, 22 dezembro de 2000.

INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

1)  Do que se trata a notícia?
(  ) Dos diferentes tipos de cães do mundo
(  ) Do vira-lata que salva uma criança
(  ) A origem do pit bull
Sublinhe no texto a informação que confirma sua resposta.

2)  Qual o nome do jornal em que foi publicada essa notícia?

3)  Qual a data de sua publicação?

4)  O primeiro parágrafo da notícia apresenta o assunto de forma resumida, buscando prender a atenção do leitor. Leia novamente este parágrafo e responda as questões abaixo:


O que aconteceu?


Quem estava envolvido?


Onde aconteceu?


Como aconteceu?

Por que aconteceu?




5) Escreva a manchete da notícia:

6) Observe os trechos do texto que estão entre aspas. O que elas indicam?

7) O que a notícia nos faz pensar sobre a raça pit bull?

8) A mãe de Caíque disse que o filho precisará de tratamento. Que tipo onde tratamento? Por que ela pensa assim?

9) Por que a cachorra pit bull fugiu de sua casa?

10) Que providências a dona da cachorra irá tomar para que ela não escape mais?

11) Em sua opinião o que deveria acontecer com o pit bull e os seu donos?

Brincando com a linguagem...


Corre por aí um novo dicionário da língua inglesa. Ou seria portuguesa?



Monday: Segunda-feira ou verbo. Exemplo: Já não Monday você ir embora?
You: Você ou expressão de curiosidade. Exemplo: You seu irmão, como vai?
Dark: Escuro ou expressão comparativa. Exemplo: É melhor dark receber.
May go: Talvez vá ou pessoa dócil. Exemplo: Ele é tão may go!!!
Feel: Sentir ou barbante. Exemplo: Me dá esse feel para amarrar o pacote.
Vase: Vaso ou o momento da jogada. Exemplo: Agora é minha vase.
Ice: Gelo ou expressão de desejo. Exemplo: Ice ela me desse bola...
French: Francês ou dianteira. Exemplo: Sai da minha french, por favor.
Autor desconhecido

ATIVIDADE:
Continuar a brincadeira com palavras. Sugerir ao aluno que invente outros exemplos, usando outras palavras. Para isso ele terá de fazer uso do dicionário ou do livro de inglês.

Brincando com a linguagem...


CAUSO MINEIRO

Sapassado, era sessetembro. Taveu na cozinha tomando uma pincumel e cuzinhando um quidicarne cumastumate pra fazer uma macarronada cum galinhassada. Quascaí de susto quanduvi um barui vinde denduforno parecenum tidiguerra.
A receita mandopô midipipoca denda galinha prassá.
O forno isquentô, o miistorô e o fiofó da galinhispludiu!
Nossinhora! Fiquei branco quineim um lidileite. Foi um trem doidimais!
Quascaí dendapia!
Fiquei sem sabe doncovim, noncotô, proncovô.
Ópcevê quilocura!
Grazadeus ninguém semaxucô!
(Anônimo)

RECEITA CAZÊRA MINÊRA DE
Môi de repôi nu ái i oi
Gridiente:
5 denti di ái;
3 cuié di oi;
1 cabessa de repôi;
1 cuié di mastomati;
Sá agosto.
Modi faze
Casca o ái, pica o ái i soca o aí cum sá; Quenta o oi na cassarola; Foga o ái socado no oi quenti; Pica o repôi beeemmm finim; Foga o repôi no oi quenti junto cum ái fogado; Põi a mastomati i mexi cum a cuié pra fazê o môi.
Ta pronto modi cume


Sugestão de Atividade:
Reescrever os textos, passando- os para a linguagem culta