quinta-feira, 15 de março de 2012

Artigo de opinião

                        ALUNO(A):________________________________________________________________ Nº ________
                               TURMA: 7ª série     
                            
 

O artigo de opinião é um texto que expõe o ponto de vista de quem o assina – um jornalista ou um colaborador do veículo de comunicação. É um gênero de grande importância social, pois permite a manifestação de opiniões de pessoas de vários segmentos da sociedade. O artigo de opinião procura debater questões que suscitam (geram) polêmica.
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES.
Fazendo a Diferença
Ser rico, famoso ou poderoso tem sido o objetivo da maioria das pessoas, mas sempre falta algo. Recentemente, ouvi sobre uma nova postura ética de sucesso, que vale a pena resumir aqui, porque na época ninguém noticiou.
Numa reunião no World Economic Forum, em Davos, o local onde o mundo empresarial se reúne uma vez por ano em janeiro, um empresário que acabava de fazer um tremendo negócio foi convidado numa das várias sessões a expor suas idéias.
Primeiro perguntaram como ele se sentia, subitamente um bilionário. Sem pestanejar um único minuto, ele afirmou que o dinheiro não lhe pertencia, e que doaria toda sua fortuna a instituições beneficentes.
"Sou simplesmente fruto do acaso, tenho os genes certos e estou no momento certo, no setor certo. É difícil falar em 'mérito' numa situação dessas."
"Se eu, o Bill Gates aqui presente, ou então o Warren Buffett, tivéssemos nascido 2.000 anos atrás, nenhum de nós teria tido o porte atlético necessário para se tornar um general do Império Romano, posição de destaque equivalente à nossa, na época. Teríamos sido trucidados na primeira batalha."
Alguns seres humanos sempre estarão momentaneamente mais adequados ao ambiente que os outros e receberão, portanto, melhores salários, apesar do esforço dos demais.
A idéia da meritocracia, tão decantada pela direita conservadora como justificativa para a sua riqueza, cai por terra se levarmos em consideração a nova teoria de que somos todos frutos do acaso genético das interpolações do DNA de nossos pais.
Se nossos genes são mero acaso da variação genética, falar em QI, mérito, proeza atlética e se achar merecedor de 100% dos ganhos que esses atributos nos proporcionam não faz mais muito sentido. O que há de meritocrático em ter os genes certos?
Ninguém está sugerindo o outro extremo de salários iguais para todos, porque toda sociedade precisa incentivar os que se esforçam mais, os que trabalham melhor e especialmente os que assumem riscos e têm a coragem de inovar.
O que essa nova postura sugere delicadamente é uma maior humildade e generosidade daqueles que ganham fortunas por ter uma inteligência superior, um porte atlético avantajado ou um talento excepcional. Por trás de toda "fortuna" existe um elemento de sorte, muito maior do que os "afortunados" gostariam de admitir.
Mas a frase que mais tocou a platéia estarrecida foi esta: "Mesmo doando toda a minha fortuna", disse o empresário, "continuará a existir uma enorme injustiça social no mundo. Eu terei tido um privilégio que muitos não terão. O privilégio de ter feito uma diferença com o meu trabalho e minha vida."
Segundo essa visão, o mundo é dividido entre aqueles que fizeram ou não uma diferença com sua vida, o dinheiro não é o objetivo final. E existem inúmeras maneiras de fazer uma diferença, desde inventar coisas, gerar empregos, criar produtos, até ajudar os outros com o dinheiro obtido.
Aproximadamente 55% dos empresários americanos não pretendem legar sua fortuna aos filhos. Acham que estariam estragando sua vida gerando playboys e um bando de infelizes. Percebem que o divertido na vida é chegar lá, não estar lá. Ser filho de empresário e receber de mão beijada uma BMW, um Rolex e uma supermesada não é o caminho mais curto para a felicidade. Muito pelo contrário, é uma roubada.
Por isso, os ricos de lá criaram instituições como a Fundação Rockfeller, a Fundação Ford, a Fundação Kellogg, a Fundação Hewlett. No Brasil, estamos muito longe de convencer os empresários a fazer o mesmo, razão pela qual sua fortuna provavelmente virará mais um imposto. O imposto sobre herança.
O segredo da felicidade, portanto, não é ganhar dinheiro, que a maioria acabará perdendo de uma forma ou de outra. O segredo é ter feito uma diferença.
Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)
Revista Veja, Editora Abril, edição 1838, ano 37, nº 4, 28 de janeiro de 2004, página 22
Com base no texto que você leu, responda às questões:
1)      Considerando que o texto que você leu é um artigo de opinião, qual é a polêmica por ele abordada? (5)
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2)      Os artigos de opinião apresentam o ponto de vista de quem os escreveu. Considerando o título e as informações contidas no texto, responda: Qual é o ponto de vista do autor em relação ao tema nele abordado? (5)
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3)      Considerando que todo ponto de vista deve ter o respaldo de argumentos que o justifiquem, escreva os principais argumentos usados pelo autor para defender seu ponto de vista: (5)
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4)      Considerando o texto que você leu e os argumentos usados pelo jornalista, PRODUZA UM TEXTO DE, NO MÍNIMO, 20 LINHAS, apresentando a sua opinião e os seus argumentos em relação à questão proposta na sequência. Lembre-se de evitar argumentos subjetivos, individualistas ou generalistas demais. Para enriquecer seu artigo de opinião, pesquise, entreviste pessoas, busque novas informações e conclua seu texto, procurando amarras todas as ideias numa síntese final. (15)
“Como é possível fazer a diferença no mundo atual?”
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Boa atividade! Capriche!!!

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